18 junho, 2016

Mary Bell





Mary Flora Bell nasceu em 26 de maio de 1957, em Newcastle, Inglaterra, num lar completamente desestruturado. Sua mãe Beth Bell era uma garota de programa com de 17 anos de idade, mentalmente perturbada e ausente, Mary nunca chegou a conhecer seu pai, ela e seus irmãos tratavam seu padrasto como tio, para que sua mãe continuasse recebendo auxilio do governo.

Durante a infância Mary era constantemente humilhada por sua mãe devido ao fato de urinar na cama, Beth esfregava o rosto da filha na urina e pendurava o colchão molhado do lado de fora, para que todos pudessem ver. Beth também levou sua filha para uma agencia de adoção, mas não conseguiu que sua filha fosse adotada. Em uma de suas tentativas de se livrar de Mary, Beth entupiu sua filha de remédios, misturando comprimidos com doces, fazendo com que a menina fosse parar no hospital. Parentes chegaram a afirmar que Beth tentou matar Mary mais de uma vez, fazendo parecer um acidente, durante os primeiros anos de vida da menina. O mais perturbador era quando Beth permitia que Mary fosse abusada sexualmente por seus clientes, antes mesmo de completar cinco anos de idade.

A partir disso, Mary desenvolveu um hooby um tanto comum a outras pessoas que acabaram cometendo crimes horríveis, ela desenvolveu um gosto especial de matar e torturar cães e gatos. Mary já começara a mostrar que não era uma criança normal. Ela adorava espancar suas bonecas e não chorava quando machucava. Aos quatro anos tentou matar uma criança enforcada e aos cinco presenciou sem nenhum tipo de emoção o atropelamento de outra criança. Depois que aprendeu a ler ficou incontrolável, pichava paredes, incendiou a casa onde morava, e começou a torturar animais com mais frequência.

Mary Bell, então aos dez anos de idade, estrangulou até a morte duas crianças de três e quatro anos de idade. Martin George, de quatro anos, foi encontrado morto em uma casa nas ruínas da cidade em 25 de maio de 1968. No dia seguinte ela tentou estrangular outra criança, mas o pai da menina chegou a tempo de tirar Mary a força de cima da filha. Em 30 de maio, ela bateu na porta da casa dos pais de Martin George, e pediu para falar com ele. A mãe do menino, então, disse que ele estava morto, e Mary respondeu que já sabia e que só queria vê-lo no caixão. Meses depois Mary estrangulou até a morte Brian Howe, de três anos. Dessa vez, além de estrangula-lo, Mary ainda fez cortes em suas pernas e furou seu abdômen com uma letra "M" 

O psiquiatra Robert Orton disse que ela não demonstrou remorso, ansiedade ou lágrimas. Não sentiu nenhuma emoção ao saber que seria presa, nem ao menos deu um motivo para ter matado. Disse também que era um caso clássico de sociopatia.

Mary Bell ficou presa durante onze anos em uma instituição psiquiátrica. Só foi sair em 1980, ela arrumou um emprego em uma creche, mas os oficiais acharam o emprego inadequado, então ela arrumou outro emprego como garçonete. Em 1984 teve uma filha, da qual teve que lutar legalmente pelo direito de cuidar. Por incrível que pareça, de certa forma os tratamentos surtiram efeito, Mary se tornou uma mãe amorosa com sua filha. Hoje ela tem identidade e endereço mantidos sob sigilo pela "Ordem Mary Bell", A lei que leva seu nome, foi criada em 2003 na Inglaterra, e protege a identidade de qualquer criança envolvida em procedimentos legais.

Aos 51 anos Mary Bell virou avó, as últimas notícias de que se tem dela é que continua casada e ainda vive com medo da exposição.


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